Bolsonaro pede Anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, durante manifestação realizada no domingo, 6 de abril de 2025, na Avenida Paulista, em São Paulo. Inicialmente, o ex-presidente criticou o que classificou como perseguição política. Logo em seguida, defendeu a criação de uma lei para beneficiar os investigados pelos eventos em Brasília no início de 2023.
Além disso, Bolsonaro mencionou sua própria situação jurídica. Ele se tornou réu por tentativa de golpe de Estado, em processo que ainda está sob análise do Supremo Tribunal Federal. Apesar disso, demonstrou confiança no apoio popular e disse acreditar na reversão de sua inelegibilidade. Assim, reforçou sua disposição em disputar as eleições presidenciais de 2026.
Por fim, a manifestação contou com cerca de 60 mil pessoas. Sete governadores e outras lideranças políticas também participaram do ato. Com isso, a mobilização demonstrou força política e reabriu discussões sobre democracia, anistia e os rumos do país.
Bolsonaro contesta decisão do STF e reforça apelo por anistia

Agora, Bolsonaro como réu, participou de seu primeiro ato público após o julgamento no STF. Imediatamente, usou o evento como plataforma para defender os investigados do 8 de janeiro. Ao mesmo tempo, procurou mobilizar sua base com discursos fortes e emotivos.
Ademais, Bolsonaro pede Anistia como forma de restaurar a justiça, segundo ele. Relembrou episódios que, em sua visão, evidenciam perseguição política. Por outro lado, criticou duramente o Supremo, acusando-o de parcialidade em decisões recentes. Para seus apoiadores, o discurso reforçou a imagem de resistência.
Consequentemente, o ato ultrapassou o tom de protesto e se tornou uma demonstração de força. Mesmo com limitações jurídicas, Bolsonaro usou a manifestação para tentar reconstruir sua imagem pública. Dessa maneira, buscou manter sua presença ativa no cenário político.
O que significa a Anistia defendida por Bolsonaro?
No centro do discurso político recente, a palavra “anistia” ganhou força com as declarações do ex-presidente. O apelo é realizado para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando prédios dos Três Poderes foram invadidos em Brasília. Para ele e seus aliados, essa medida seria uma forma de justiça frente ao que consideram uma perseguição política.
A anistia, nesse contexto, representa o perdão jurídico a pessoas investigadas ou condenadas por participação nos eventos. Isso significaria o arquivamento de processos e a liberação de penas já aplicadas. Bolsonaro defende que esses cidadãos apenas expressaram sua insatisfação, sem a intenção de atacar a democracia.
Essa proposta, no entanto, divide opiniões. Enquanto seus apoiadores veem a anistia como um passo para pacificar o país, críticos argumentam que ela enfraqueceria o Estado de Direito. O debate sobre o tema segue intenso no Congresso e também entre especialistas da área jurídica e política.
Impacto político e popular do movimento de Bolsonaro

A manifestação de 6 de abril reafirmou a influência de Jair Bolsonaro. Apesar das ações judiciais, o evento provou que ele ainda atrai grandes multidões. Portanto, mesmo fora do cargo, continua moldando o debate público.
Do ponto de vista político, a presença de sete governadores foi significativa. Isso sinaliza que o movimento tem respaldo entre lideranças com poder institucional. Além do apoio popular, há articulação estratégica com setores da política nacional.
Em resumo, a mobilização representou um recado claro à sociedade e às instituições. Bolsonaro pede Anistia como parte de sua tentativa de retorno político. Ao fazer isso, reacende discussões sobre o papel do Congresso e o futuro da democracia no Brasil.
Governadores de Cada Estado Presentes no Evento
- São Paulo – Tarcísio de Freitas
- Amazonas – Wilson Lima
- Minas Gerais – Romeu Zema
- Paraná – Ratinho Junior
- Santa Catarina – Jorginho Mello
- Mato Grosso – Mauro Mendes
- Goiás – Ronaldo Caiado
Além da presença massiva do público, a manifestação contou com a participação de sete governadores de diferentes regiões do país. Cada um deles reforçou o apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, evidenciando a capilaridade do movimento no cenário político nacional.
Sob diferentes perspectivas, os líderes estaduais se posicionaram de forma alinhada. Enquanto alguns destacaram a necessidade de pacificação institucional, outros ressaltaram a importância de se preservar os direitos dos manifestantes e garantir a liberdade de expressão. Nesse contexto, a defesa da anistia foi ponto comum entre todos os discursos.
Portanto, a presença dessas autoridades não apenas fortaleceu o ato como também revelou uma articulação entre parte significativa da direita brasileira. Com isso, o evento ganhou ainda mais relevância, tanto no aspecto simbólico quanto na disputa narrativa que envolve os episódios de 8 de janeiro e seus desdobramentos políticos.
Movimento Feminista pela a Anistia

Proposto pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, esse braço do movimento se conecta diretamente à luta por anistia liderada por Jair Bolsonaro. Entre os casos mais emblemáticos está o de Débora Rodrigues dos Santos, presa há mais de dois anos por ter pichado a estátua da Justiça, localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal.
De acordo com o processo, Débora foi condenada a 14 anos de prisão. Entretanto, após repercussão e mobilização, ela recebeu o benefício da prisão domiciliar. Nesse sentido, seu caso ganhou destaque como um símbolo de injustiça e punição desproporcional, sendo amplamente utilizado por apoiadores como exemplo de perseguição política.
Durante a manifestação, o movimento feminino se destacou ao prestar homenagem à Débora. Diversas mulheres levaram batons vermelhos e ergueram cartazes com a frase: “Usar essa arma te condena a 14 anos”. Dessa forma, a ação buscou demonstrar, de maneira simbólica e impactante, a indignação com a sentença. Além disso, reforçou a presença feminina como força ativa e engajada na defesa da liberdade de expressão e no questionamento das decisões judiciais relacionadas aos eventos de 8 de janeiro.
Conclusão
Em conclusão, diante dos acontecimentos recentes, fica evidente que o movimento liderado por Jair Bolsonaro ainda possui forte capacidade de mobilização e repercussão nacional. A manifestação de 6 de abril, marcada por discursos firmes, presença de lideranças políticas e forte apoio popular, reacendeu discussões relevantes sobre justiça, liberdade de expressão e os rumos da democracia no país.
Bolsonaro pede Anistia como forma de contestar decisões do Supremo Tribunal Federal e de defender aqueles que, segundo ele, foram vítimas de perseguição política após os atos de 8 de janeiro. Durante o evento, o ex-presidente também reforçou seu desejo de reverter a condição de inelegibilidade, demonstrando confiança no apoio popular e político. Governadores como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado, entre outros, marcaram presença e fortaleceram o coro pela anistia, elevando o peso político da mobilização.
Assim, o ato não apenas marcou a volta de Bolsonaro às ruas, como também deixou claro que seus aliados continuarão pressionando por mudanças no cenário jurídico e institucional. Logo, o simbolismo do movimento, reforçado por causas paralelas como o caso de Débora dos Santos e a participação expressiva de mulheres, ampliou a narrativa de resistência. A partir disso, resta acompanhar como o Judiciário, o Legislativo e a opinião pública reagirão às demandas e posicionamentos que seguem movimentando o tabuleiro político brasileiro.