A princípio, a Lei Perdão de Dívidas tem se tornado um tema cada vez mais importante no Brasil, especialmente diante dos desafios econômicos enfrentados por milhões de brasileiros e empresas.
O endividamento sem controle, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas, é um problema que pode levar à exclusão financeira, restrições de crédito e até mesmo ao fechamento de negócios.
Nos últimos anos, programas de perdão de dívidas e renegociação surgiram como opção para aliviar a carga de tributos, encargos financeiros e débitos com instituições públicas e privadas.
Então, pensando nisso, vamos explorar como funciona a Lei Perdão de Dívidas, suas principais aplicações no Brasil. As novidades mais recentes e os diferenciais dos programas disponíveis. Também analisaremos os desafios enfrentados na implementação dessas medidas e as perspectivas para o futuro da renegociação de dívidas no país.
Conceito e Fundamentação da Lei perdão de dívidas
Em resumo, a Lei Perdão de Dívidas é uma medida adotada pelo governo para aliviar o peso das dívidas de cidadãos, empresas e até estados e municípios. Essa política pode envolver o perdão total ou parcial de débitos. Além da renegociação com condições mais acessíveis, como descontos em juros e multas ou prazos mais longos para pagamento.
Isso porque, o objetivo principal é permitir que pessoas e negócios consigam regularizar sua situação financeira e continuem contribuindo para a economia.
No Brasil, o perdão de dívidas tem base legal no Código Tributário Nacional, que permite a remissão de tributos sob certas condições. Como dificuldades financeiras do devedor ou baixa relevância do valor devido.
Além disso, medidas emergenciais, como o Desenrola Brasil e a autorregularização da Receita Federal, têm sido criadas para ajudar quem está com dívidas acumuladas.
Com a inflação elevada e o aumento do custo de vida, muitos brasileiros enfrentam desafios para manter as contas em dia. Como economizar em tempos de alta inflação se tornou uma preocupação constante, e programas de renegociação de dívidas surgem como uma alternativa para evitar restrições financeiras e permitir um recomeço sem tantas pressões.
Iniciativas Recentes de Perdão e Renegociação de Dívidas no Brasil
Nos últimos anos, diversas iniciativas de perdão de dívidas e renegociação têm sido implementadas no Brasil com o objetivo de ajudar cidadãos, empresas e entes federativos a superarem as dificuldades econômicas. Ainda mais logo depois de crises como a pandemia de COVID-19.
Por isso, essas medidas são essenciais para evitar o colapso de negócios, garantir a recuperação fiscal dos estados e permitir que as pessoas físicas possam regularizar sua situação financeira. A seguir, destacamos algumas das principais ações mais recentes que compensa conhecer, como por exemplo:
1 – Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag)
Em primeiro lugar, em janeiro de 2025, foi sancionada a Lei Complementar 212/2025, que criou o Propag – um programa de renegociação de dívidas dos estados com a União.
No caso, essa iniciativa projetada para ajudar os estados endividados, permitindo que paguem suas dívidas com a União de forma mais acessível. Os estados poderão quitar suas dívidas com grandes descontos sobre os juros e parcelar o débito por até 30 anos entre muitas outras coisas.
Aliás, esse programa é fundamental para a recuperação fiscal das unidades federativas, especialmente para estados que enfrentam uma crise fiscal prolongada. A medida também visa equilibrar as finanças públicas e garantir que os estados possam continuar a oferecer serviços essenciais à população.
2 – Autorregularização de Dívidas com a Receita Federal
Em janeiro de 2024, a Receita Federal lançou um novo programa de autorregularização para ajudar contribuintes com pendências fiscais a regularizarem sua situação sem a necessidade de recorrer a litígios judiciais. Por meio desse programa, tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem quitar suas dívidas com a União com descontos de até 100% nas multas e juros.
Para participar, o contribuinte precisa confessar o débito e desistir de eventuais ações jurídicas em andamento. A entrada para regularização é de 50% do valor da dívida, com o restante parcelado em até 48 x.
Assim, este é um passo importante para reduzir a inadimplência e permitir que os devedores voltem a ter acesso a crédito e benefícios fiscais. Mais informações sobre esse programa estão disponíveis no portal da Receita Federal.

3 – Perdão de Dívidas de Pequeno Valor com a União
Também no ano de 2024, uma nova medida aprovada para o perdão de dívidas de pequeno valor com a União. Agora, contribuintes que possuem débitos de até R$ 10 mil, com vencimento superior a cinco anos, podem solicitar a remissão total da dívida.
Essa iniciativa visa simplificar a regularização fiscal, eliminando pequenas dívidas que, muitas vezes, geram custos administrativos mais elevados para o governo do que o valor a ser cobrado.
Esse programa contempla tanto pessoas físicas quanto jurídicas, com a expectativa de que mais de 1 milhão de contribuintes beneficiados. Então, a medida facilita a vida de microempresários e trabalhadores autônomos que estão com pendências tributárias pequenas. E que, de outra forma, ficariam permanentemente inadimplentes devido à dificuldade de pagar esses valores.
4 – Programa Desenrola Brasil – Lei perdão de dívidas
Contudo, lançado pelo Ministério da Fazenda, o Desenrola Brasil é um programa voltado para pessoas físicas que estão com dívidas em atraso e inscritas em cadastros de inadimplentes. Ele tem como objetivo renegociar dívidas privadas, como aquelas com bancos, lojas, prestadores de serviços e empresas varejistas.
No caso, o grande diferencial desse programa é que ele envolve diferentes atores: governo federal, credores, agentes financeiros e devedores. Os cidadãos podem renegociar suas pendências diretamente por meio de uma plataforma digital, com condições favoráveis. Incluindo o parcelamento das dívidas em até 60 meses, com a possibilidade de redução das parcelas.
Aliás, é bom lembrar que a plataforma também oferece descontos significativos sobre o valor total devido, dependendo da negociação com os credores.
Conclusão sobre a Lei perdão de dívidas
Por fim, a Lei de Perdão de Dívidas e os programas de renegociação têm um papel essencial na economia brasileira. Proporcionando uma segunda chance para empresas e cidadãos em situação de inadimplência.
No entanto, fundamental que essas iniciativas sejam acompanhadas de políticas educacionais e regulatórias que incentivem a responsabilidade financeira e a cultura de pagamento em dia. Assim, o Brasil pode garantir um ambiente econômico mais estável e justo para todos.
Sendo assim, se você tem dívidas em aberto, vale a pena pesquisar quais programas de renegociação ou perdão estão disponíveis e como eles podem ajudar a regularizar sua situação financeira. Afinal, um planejamento adequado pode ser o primeiro passo para sair do vermelho e conquistar uma vida financeira mais saudável.